GAROTAS ALICIADAS PELA INTERNET
Alguns dias atrás, uma garota de 13 anos que havia desaparecido em Pinhais (PR), na terça-feira da semana passada, dia 16, foi encontrada nesta segunda-feira (22) no município de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo a polícia, ela estava na casa do namorado, que conheceu pela internet.
Porém duas mães de Salvador não tiveram a mesma de sorte de encontrar suas filhas vivas. Suas filhas que foram aliciadas pela Internet e seus corpos foram encontrados decapitados na madrugada deste sábado, 20, pela polícia em Salvador, na Bahia.
Gabriela Alves Nunes, de 13 anos, e Janaína Brito Conceição, de 16 anos, estavam desaparecidas desde há três dias. Os corpos das duas meninas foram encontrados no bairro San Martin, em um local próximo a onde um carro foi abonado. As portas estavam abertas e o porta malas, sujo de sangue. Elas foram aliciadas pela Internet. Os aliciadores da Internet procuram meninas e meninos. Quando escrevemos o livro, Crimes na Rede, a nosso maior preocupação sempre foram as crianças e os adolescentes.
A Internet propiciou uma revolução no campo das comunicações e das relações humanas; instalando-se uma mudança comportamental muita rápida, dificultando aos pais acompanhar o envolvimento dos filhos nesta nova linguagem.
E é nesse ambiente e através dessa linguagem que muitos pais desconhecem que advêm práticas de pessoas acima de qualquer suspeita, como os pedófilos, verdadeiros predadores que navegam na rede atrás de suas presas: crianças inocentes, abordadas e envolvidas nesse processo cruel e criminoso. Por ingenuidade ou omissão, os pais acabam sendo involuntariamente coniventes com este processo pernicioso. É evidente que, ao deixarmos vazio um lugar de autoridade, outro o ocupará. É precisamente da ausência de um que se faz a presença de outro nesse processo.
De natureza intelectual, sobretudo apresentada como uma ferramenta de desenvolvimento para crianças, a Internet acabou por ser incorporada à educação. Na ânsia de que seus filhos estejam atualizados e não se tornem “excluídos digitais”, os pais em geral não se dão conta, talvez por falta de conhecimento e provavelmente por falta de tempo, do quanto o uso da rede provoca danos morais e físicos aos seus filhos.
Dentro deste novo paradigma de aprendizagem, que se constitua como comportamento contumaz dos pais, a vigilância e a orientação.
Trata-se de um grande desafio, neste início de século – que envolve a tecnologia e o direito da criança e do adolescente – usufruir o direito de trafegar pela rede sem o perigo de ser assediado ou aliciado por criminosos. De posse do conhecimento deste risco, cabe aos pais orientar e proteger seus filhos do lado negro da rede.
Como navegar na rede tornou-se imprescindível na vida de todos no mundo atual, o acesso das crianças e adolescentes a Internet não deve ser proibido e sim orientado nesta caminhada pelo mundo cibernético.
Também cabe a todos se articular e assumir um papel neste debate, buscando denunciar qualquer atividade criminosa nos caminhos da rede, incluindo as crianças e adolescentes, que devem ser orientados com relação aos riscos e a informar tudo o que lhes parecer suspeito a um adulto responsável.
Penso que é necessário que todos os pais orientem seus filhos e estejam presentes em sua rotina e mantenham sempre aberto um canal de diálogo, livre de pré-julgamentos e numa rua de mão dupla. Mesmo nessa vertiginosa rotina de metrópole, estando pais e filhos imersos cada qual em suas atividades, de modo que nem sempre é possível estarem juntos com a qualidade de atenção que gostariam, é necessário aproveitar cada precioso momento em que isso acontece para conversarem e para que os pais se atualizem das mudanças que seus filhos atravessam e sobre seus relacionamentos, virtuais ou reais.
Sendo assim, meu conselho é que todos os pais que estejam lendo este material tirem um tempo para estar com seus filhos, para conversar abertamente e orientá-los sobre o assunto.
Meu desejo é que este possa artigo possa gerar bons diálogos e até mesmo aproximar duas gerações tão diferentes e que tem entre elas uma ferramenta tecnológica que vem gerando mudanças tão aceleradas e profundas que temos dificuldades de acompanhar.
Sempre é tempo de resgatarmos nossos filhos de situações inesperadas e difíceis, independente de sua idade. Sempre é tempo de assumirmos nossos papéis de educadores e nossa responsabilidade em indicar os caminhos. Sempre é tempo de reativar neles a confiança e a segurança de que estaremos sempre aqui por eles.
Também é necessário o engajamento dos educadores na busca de uma Internet mais segura e legítima porque, ao lado dos pais, eles são capazes de ajudar a criança e o adolescente nesse processo de envolvimento e adaptação a este novo paradigma de comunicação e comportamento.
O tema já se tornou uma das principais preocupações no mundo todo e tem gerado grande inquietação no nosso país, que está entre os campeões em tráfico na rede, pedofilia e invasão de computadores.
Por isso gostaria de alertar tanto pais quanto educadores sobre a urgência da necessidade de um debate sobre a Internet e suas conseqüências nos lares e nas escolas, com o objetivo de ampliar a consciência de todos quanto aos perigos que rondam os usuários diante de uma aparentemente inocente tela de computador.
É notório que os computadores têm a capacidade de ajudar a criança em seu processo de aprendizagem, desenvolvendo competências e habilidades através de métodos pedagógicos, auxiliando nas suas destrezas cognitivas uma infinidade de conhecimentos, como base para a aprendizagem atual, de conceitos mais complexos.
A Internet facilita a aprendizagem através de pesquisas e projetos temáticos e acesso rápido a milhares de atividades fascinantes, enriquecedoras e instrutivas. No mundo virtual a educação passa a ser através da experiência da ciência tecnológica. Futuramente teremos uma biblioteca universal em todos os idiomas, envolvendo o educador e aluno em uma aprendizagem em tempo real.
O desenvolvimento nas relações sociais é outro grande benefício que a Internet trouxe para a geração atual e mudou definitivamente a forma de relacionar-se das pessoas, estreitando distâncias físicas e permitindo que pessoas da mesma família ou amigos possam se comunicar em tempo real, mesmo estando de lados opostos do globo.
A despeito de todos esses benefícios, uma questão sócio-cultural a ser considerada no momento é a de milhares de crianças e jovens que crescem sem nenhum acesso aos computadores, aumentando ainda mais a segregação econômica e social, criando um grupo de “excluídos digitais”.
Embora haja problemas de base social ainda mais graves a serem resolvidos antes de se facilitar o acesso de crianças carentes aos computadores, seria fundamental que todas as crianças em seu processo de formação pudessem ter acesso a essa tecnologia e a esse novo paradigma de educação. Porém, para que esta nova realidade do acesso digital e esse novo paradigma de educação sejam de fato enriquecedores, faz-se necessário o equilíbrio entre a tecnologia e a educação orientada, para que não haja danos futuros.
Para que isso aconteça deve haver uma presença educativa que forneça modelos e orientação constante em um ambiente construído sobre uma base segura onde prevaleça a confiança. Cabe aos pais estabelecer limites claros sobre o uso da rede bem como lançar mão das ferramentas de controle parental e aos educadores promover o debate aberto sobre o tema sempre que possível e voltar a ele quando julgarem necessário.
Essa parceria pode resultar na articulação de uma rede de proteção, envolvendo a família, a escola e a comunidade, evitando que a criança ou o adolescente estejam vulneráveis a ação de criminosos e ao mesmo tempo criando uma base de apoio para famílias cujos filhos correm o risco de serem envolvidos nas atividades criminosas.
Uma ação articulada entre a família, a escola e a comunidade também favorece um debate rico na sociedade envolvendo os órgãos públicos, instituições acadêmicas, organizações não-governamentais, e o Sistema de Justiça, composto por delegados, policiais, advogados, promotores e juízes da infância e juventude, técnicos judiciários e os conselhos tutelares.
Deste modo, podemos garantir juntos um ambiente seguro onde todos podemos circular sem riscos.
Algumas orientações específicas aos pais
1. Procure aprender mais sobre esta linguagem, conhecendo o funcionamento e aplicabilidade, navegando sozinho(a) ou com seu filho ou filha.
2. Não é necessário proibir de usar a internet, porém é necessário dialogar abertamente sobre quais os conteúdos que são adequados para cada idade.
3. Considere a limitação do tempo de acesso e conteúdos acessados de acordo com a faixa etária de seu filho ou filha e estabeleça regras de navegação; não é necessário proibir o uso da Internet e se forem bem orientados, naturalmente irão construindo seu próprio sistema de valores e discernindo quais os conteúdos adequados e tempo de utilização necessária da ferramenta.
4. Estabeleça regras razoáveis e possíveis de serem cumpridas, mas seja firme quanto à cobrança daquelas já estabelecidas. Lembre-se que a coerência é fundamental na sua formação.
5. Não abra mão das ferramentas de controle parental que são excelentes auxiliares no monitoramento da navegação.
6. Mantenha o computador em áreas comuns da casa como a sala e nunca no quarto de seu filho ou filha; deste modo pode tanto monitorar os conteúdos acessados quanto o uso da webcam.
7. Mantenha um canal de diálogo freqüente e aberto e use a ferramenta a seu favor, utilizando os comunicadores instantâneos no monitoramento caso sua ausência seja necessária; porém, considere a presença de alguém responsável que possa monitorá-lo de perto.
8. Através do diálogo e respeitando sua privacidade, converse sobre os conteúdos que acessa, sites de relacionamento onde mantém um perfil e procure conhecer seus blogs, com quem conversa através dos comunicadores instantâneos e as comunidades e fóruns dos quais participa.
9. Permita que entre somente em salas de bate-papo monitoradas e com temas específicos e adequados, orientando sobre os possíveis riscos de assédio.
10. Procure saber as regras dos sites freqüentados pelo seu filho ou filha, porque muitos são proibidos para menores, porém essa não é uma regra obedecida espontaneamente pelas crianças e adolescentes.
11. Oriente a:
• Conversar através dos comunicadores instantâneos somente com conhecidos, pessoas de seu meio como colegas de escola, parentes e professores e nunca com estranhos;
• Nunca fornecer dados pessoais como endereço e hábitos, escola onde estuda, etc. em sites de relacionamento como o Orkut e MySpace;
• Não postar fotografias que denunciem dados pessoais nestes sites e utilizar-se das ferramentas de privacidade.
• Não marcar encontros com pessoas através da Internet sem seu conhecimento e sua expressa autorização.
• Avisar sobre qualquer atividade que lhe parecer suspeita, bem como se encontrar material ofensivo ou violento, sofrer qualquer assédio ou tentativa de aliciamento; neste caso converse e o oriente sobre as ações que pretende tomar e denuncie!
12. O tempo de seu filho ou filha deve ser planejado incluindo atividades escolares, físicas, culturais e sociais, portanto ofereça alternativas de lazer e atividades extracurriculares para diminuir o tempo em frente ao computador.
13. Crie para seu filho ou filha um ambiente de apoio e acolhimento e incentive dizendo firme e claramente o quanto é inteligente e capaz de reagir ao assédio ou aliciamento, ou mesmo quando alguém fizer algo que incomode ou o(a) deixe constrangido(a).
14. Fique atento a possíveis mudanças de comportamento que possam denunciar assédio ou aliciamento virtual, que podem ser:
• Ficar conectado(a) muito mais tempo do que o necessário para seu estudo e entretenimento ou preferir a Internet em detrimento de suas atividades sociais, como estar com os amigos o que pode também, em última instância, se configurar vício.
• Demonstrar que conheceu alguém através da Internet sobre quem não pode ou não quer falar, não revelando toda a verdade
• Fechar rapidamente a tela do computador quando está conectado(a) e alguém se aproxima.
15. Em caso de contato com o agressor, algumas observações devem ser feitas:
• A criança ou adolescente é a vítima e foi usado(a) por alguém sem escrúpulos, portanto necessita de todo o apoio e proteção, portanto nunca o(a) culpe e evite reações que possam exacerbar sua angústia.
• Em caso de abuso a criança ou adolescente tende a perder a autoconfiança e confiança nas pessoas, sentindo culpa, vergonha ou medo de se expor. Se necessário procure orientação de um profissional na área de psicoterapia e nunca retire seu amor.
Sites para denúncia
Abranet – O site da Associação Brasileira de Provedores de Acesso banca a campanha “Pornografia Infantil – N@o”, que, em parceria com o Ministério Público, abre espaço para denúncias de sites ilegais. A denúncia é anônima. www.abranet.org.br (português)
Abrapia – O site da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência traz a história dessa ONG que trabalha na promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. É possível ler o Estatuto da Criança e do Adolescente e fazer denúncias, por e-mail ou telefone, de qualquer tipo de violação da lei. www.abrapia.org.br (português)
Cecria – O Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes estuda questões relacionadas a violação, promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. Conheça as leis nacionais e internacionais sobre o assunto e leia os relatórios de pesquisas realizadas pela entidade. www.cecria.org.br (português)
Porém duas mães de Salvador não tiveram a mesma de sorte de encontrar suas filhas vivas. Suas filhas que foram aliciadas pela Internet e seus corpos foram encontrados decapitados na madrugada deste sábado, 20, pela polícia em Salvador, na Bahia.
Gabriela Alves Nunes, de 13 anos, e Janaína Brito Conceição, de 16 anos, estavam desaparecidas desde há três dias. Os corpos das duas meninas foram encontrados no bairro San Martin, em um local próximo a onde um carro foi abonado. As portas estavam abertas e o porta malas, sujo de sangue. Elas foram aliciadas pela Internet. Os aliciadores da Internet procuram meninas e meninos. Quando escrevemos o livro, Crimes na Rede, a nosso maior preocupação sempre foram as crianças e os adolescentes.
A Internet propiciou uma revolução no campo das comunicações e das relações humanas; instalando-se uma mudança comportamental muita rápida, dificultando aos pais acompanhar o envolvimento dos filhos nesta nova linguagem.
E é nesse ambiente e através dessa linguagem que muitos pais desconhecem que advêm práticas de pessoas acima de qualquer suspeita, como os pedófilos, verdadeiros predadores que navegam na rede atrás de suas presas: crianças inocentes, abordadas e envolvidas nesse processo cruel e criminoso. Por ingenuidade ou omissão, os pais acabam sendo involuntariamente coniventes com este processo pernicioso. É evidente que, ao deixarmos vazio um lugar de autoridade, outro o ocupará. É precisamente da ausência de um que se faz a presença de outro nesse processo.
De natureza intelectual, sobretudo apresentada como uma ferramenta de desenvolvimento para crianças, a Internet acabou por ser incorporada à educação. Na ânsia de que seus filhos estejam atualizados e não se tornem “excluídos digitais”, os pais em geral não se dão conta, talvez por falta de conhecimento e provavelmente por falta de tempo, do quanto o uso da rede provoca danos morais e físicos aos seus filhos.
Dentro deste novo paradigma de aprendizagem, que se constitua como comportamento contumaz dos pais, a vigilância e a orientação.
Trata-se de um grande desafio, neste início de século – que envolve a tecnologia e o direito da criança e do adolescente – usufruir o direito de trafegar pela rede sem o perigo de ser assediado ou aliciado por criminosos. De posse do conhecimento deste risco, cabe aos pais orientar e proteger seus filhos do lado negro da rede.
Como navegar na rede tornou-se imprescindível na vida de todos no mundo atual, o acesso das crianças e adolescentes a Internet não deve ser proibido e sim orientado nesta caminhada pelo mundo cibernético.
Também cabe a todos se articular e assumir um papel neste debate, buscando denunciar qualquer atividade criminosa nos caminhos da rede, incluindo as crianças e adolescentes, que devem ser orientados com relação aos riscos e a informar tudo o que lhes parecer suspeito a um adulto responsável.
Penso que é necessário que todos os pais orientem seus filhos e estejam presentes em sua rotina e mantenham sempre aberto um canal de diálogo, livre de pré-julgamentos e numa rua de mão dupla. Mesmo nessa vertiginosa rotina de metrópole, estando pais e filhos imersos cada qual em suas atividades, de modo que nem sempre é possível estarem juntos com a qualidade de atenção que gostariam, é necessário aproveitar cada precioso momento em que isso acontece para conversarem e para que os pais se atualizem das mudanças que seus filhos atravessam e sobre seus relacionamentos, virtuais ou reais.
Sendo assim, meu conselho é que todos os pais que estejam lendo este material tirem um tempo para estar com seus filhos, para conversar abertamente e orientá-los sobre o assunto.
Meu desejo é que este possa artigo possa gerar bons diálogos e até mesmo aproximar duas gerações tão diferentes e que tem entre elas uma ferramenta tecnológica que vem gerando mudanças tão aceleradas e profundas que temos dificuldades de acompanhar.
Sempre é tempo de resgatarmos nossos filhos de situações inesperadas e difíceis, independente de sua idade. Sempre é tempo de assumirmos nossos papéis de educadores e nossa responsabilidade em indicar os caminhos. Sempre é tempo de reativar neles a confiança e a segurança de que estaremos sempre aqui por eles.
Também é necessário o engajamento dos educadores na busca de uma Internet mais segura e legítima porque, ao lado dos pais, eles são capazes de ajudar a criança e o adolescente nesse processo de envolvimento e adaptação a este novo paradigma de comunicação e comportamento.
O tema já se tornou uma das principais preocupações no mundo todo e tem gerado grande inquietação no nosso país, que está entre os campeões em tráfico na rede, pedofilia e invasão de computadores.
Por isso gostaria de alertar tanto pais quanto educadores sobre a urgência da necessidade de um debate sobre a Internet e suas conseqüências nos lares e nas escolas, com o objetivo de ampliar a consciência de todos quanto aos perigos que rondam os usuários diante de uma aparentemente inocente tela de computador.
É notório que os computadores têm a capacidade de ajudar a criança em seu processo de aprendizagem, desenvolvendo competências e habilidades através de métodos pedagógicos, auxiliando nas suas destrezas cognitivas uma infinidade de conhecimentos, como base para a aprendizagem atual, de conceitos mais complexos.
A Internet facilita a aprendizagem através de pesquisas e projetos temáticos e acesso rápido a milhares de atividades fascinantes, enriquecedoras e instrutivas. No mundo virtual a educação passa a ser através da experiência da ciência tecnológica. Futuramente teremos uma biblioteca universal em todos os idiomas, envolvendo o educador e aluno em uma aprendizagem em tempo real.
O desenvolvimento nas relações sociais é outro grande benefício que a Internet trouxe para a geração atual e mudou definitivamente a forma de relacionar-se das pessoas, estreitando distâncias físicas e permitindo que pessoas da mesma família ou amigos possam se comunicar em tempo real, mesmo estando de lados opostos do globo.
A despeito de todos esses benefícios, uma questão sócio-cultural a ser considerada no momento é a de milhares de crianças e jovens que crescem sem nenhum acesso aos computadores, aumentando ainda mais a segregação econômica e social, criando um grupo de “excluídos digitais”.
Embora haja problemas de base social ainda mais graves a serem resolvidos antes de se facilitar o acesso de crianças carentes aos computadores, seria fundamental que todas as crianças em seu processo de formação pudessem ter acesso a essa tecnologia e a esse novo paradigma de educação. Porém, para que esta nova realidade do acesso digital e esse novo paradigma de educação sejam de fato enriquecedores, faz-se necessário o equilíbrio entre a tecnologia e a educação orientada, para que não haja danos futuros.
Para que isso aconteça deve haver uma presença educativa que forneça modelos e orientação constante em um ambiente construído sobre uma base segura onde prevaleça a confiança. Cabe aos pais estabelecer limites claros sobre o uso da rede bem como lançar mão das ferramentas de controle parental e aos educadores promover o debate aberto sobre o tema sempre que possível e voltar a ele quando julgarem necessário.
Essa parceria pode resultar na articulação de uma rede de proteção, envolvendo a família, a escola e a comunidade, evitando que a criança ou o adolescente estejam vulneráveis a ação de criminosos e ao mesmo tempo criando uma base de apoio para famílias cujos filhos correm o risco de serem envolvidos nas atividades criminosas.
Uma ação articulada entre a família, a escola e a comunidade também favorece um debate rico na sociedade envolvendo os órgãos públicos, instituições acadêmicas, organizações não-governamentais, e o Sistema de Justiça, composto por delegados, policiais, advogados, promotores e juízes da infância e juventude, técnicos judiciários e os conselhos tutelares.
Deste modo, podemos garantir juntos um ambiente seguro onde todos podemos circular sem riscos.
Algumas orientações específicas aos pais
1. Procure aprender mais sobre esta linguagem, conhecendo o funcionamento e aplicabilidade, navegando sozinho(a) ou com seu filho ou filha.
2. Não é necessário proibir de usar a internet, porém é necessário dialogar abertamente sobre quais os conteúdos que são adequados para cada idade.
3. Considere a limitação do tempo de acesso e conteúdos acessados de acordo com a faixa etária de seu filho ou filha e estabeleça regras de navegação; não é necessário proibir o uso da Internet e se forem bem orientados, naturalmente irão construindo seu próprio sistema de valores e discernindo quais os conteúdos adequados e tempo de utilização necessária da ferramenta.
4. Estabeleça regras razoáveis e possíveis de serem cumpridas, mas seja firme quanto à cobrança daquelas já estabelecidas. Lembre-se que a coerência é fundamental na sua formação.
5. Não abra mão das ferramentas de controle parental que são excelentes auxiliares no monitoramento da navegação.
6. Mantenha o computador em áreas comuns da casa como a sala e nunca no quarto de seu filho ou filha; deste modo pode tanto monitorar os conteúdos acessados quanto o uso da webcam.
7. Mantenha um canal de diálogo freqüente e aberto e use a ferramenta a seu favor, utilizando os comunicadores instantâneos no monitoramento caso sua ausência seja necessária; porém, considere a presença de alguém responsável que possa monitorá-lo de perto.
8. Através do diálogo e respeitando sua privacidade, converse sobre os conteúdos que acessa, sites de relacionamento onde mantém um perfil e procure conhecer seus blogs, com quem conversa através dos comunicadores instantâneos e as comunidades e fóruns dos quais participa.
9. Permita que entre somente em salas de bate-papo monitoradas e com temas específicos e adequados, orientando sobre os possíveis riscos de assédio.
10. Procure saber as regras dos sites freqüentados pelo seu filho ou filha, porque muitos são proibidos para menores, porém essa não é uma regra obedecida espontaneamente pelas crianças e adolescentes.
11. Oriente a:
• Conversar através dos comunicadores instantâneos somente com conhecidos, pessoas de seu meio como colegas de escola, parentes e professores e nunca com estranhos;
• Nunca fornecer dados pessoais como endereço e hábitos, escola onde estuda, etc. em sites de relacionamento como o Orkut e MySpace;
• Não postar fotografias que denunciem dados pessoais nestes sites e utilizar-se das ferramentas de privacidade.
• Não marcar encontros com pessoas através da Internet sem seu conhecimento e sua expressa autorização.
• Avisar sobre qualquer atividade que lhe parecer suspeita, bem como se encontrar material ofensivo ou violento, sofrer qualquer assédio ou tentativa de aliciamento; neste caso converse e o oriente sobre as ações que pretende tomar e denuncie!
12. O tempo de seu filho ou filha deve ser planejado incluindo atividades escolares, físicas, culturais e sociais, portanto ofereça alternativas de lazer e atividades extracurriculares para diminuir o tempo em frente ao computador.
13. Crie para seu filho ou filha um ambiente de apoio e acolhimento e incentive dizendo firme e claramente o quanto é inteligente e capaz de reagir ao assédio ou aliciamento, ou mesmo quando alguém fizer algo que incomode ou o(a) deixe constrangido(a).
14. Fique atento a possíveis mudanças de comportamento que possam denunciar assédio ou aliciamento virtual, que podem ser:
• Ficar conectado(a) muito mais tempo do que o necessário para seu estudo e entretenimento ou preferir a Internet em detrimento de suas atividades sociais, como estar com os amigos o que pode também, em última instância, se configurar vício.
• Demonstrar que conheceu alguém através da Internet sobre quem não pode ou não quer falar, não revelando toda a verdade
• Fechar rapidamente a tela do computador quando está conectado(a) e alguém se aproxima.
15. Em caso de contato com o agressor, algumas observações devem ser feitas:
• A criança ou adolescente é a vítima e foi usado(a) por alguém sem escrúpulos, portanto necessita de todo o apoio e proteção, portanto nunca o(a) culpe e evite reações que possam exacerbar sua angústia.
• Em caso de abuso a criança ou adolescente tende a perder a autoconfiança e confiança nas pessoas, sentindo culpa, vergonha ou medo de se expor. Se necessário procure orientação de um profissional na área de psicoterapia e nunca retire seu amor.
Sites para denúncia
Abranet – O site da Associação Brasileira de Provedores de Acesso banca a campanha “Pornografia Infantil – N@o”, que, em parceria com o Ministério Público, abre espaço para denúncias de sites ilegais. A denúncia é anônima. www.abranet.org.br (português)
Abrapia – O site da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência traz a história dessa ONG que trabalha na promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. É possível ler o Estatuto da Criança e do Adolescente e fazer denúncias, por e-mail ou telefone, de qualquer tipo de violação da lei. www.abrapia.org.br (português)
Cecria – O Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes estuda questões relacionadas a violação, promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. Conheça as leis nacionais e internacionais sobre o assunto e leia os relatórios de pesquisas realizadas pela entidade. www.cecria.org.br (português)
SEGURANÇA DAS NOSSAS INFORMAÇÕES NA INTERNET
Atualmente o maior bem que temos é a “informação”: este bem é valioso e determina nossas vidas.
Na Era da Informação, não há espaço para a “ingenuidade” porque ela pode afetar nossas vidas e nossos negócios efetivamente e muitas vezes, de modo indelével.
A intenção não é alarmar e desestimular os internautas. Porém, se conhecemos o perigo em um caminho, temos a escolha de evitá-lo. Ao contrário, continuaremos no caminho e quando nos deparamos com o perigo, pode ser muito tarde e acabamos não tendo tempo de retroceder.
No caso de operações financeiras na Internet, esta premissa é fundamental, pelo fato de que os crakers, usam das técnicas da engenharia social. Ela é tão sutil que nos convence da boa intenção de quem nos aborda..
Porém, não é só com relação à informação contida no hardware que precisamos ter cuidado. Temos que cuidar do sigilo das nossas informações particulares com muito afinco, como se tratassem de jóias preciosas. Pode parecer exagero, mas uma pequena informação de posse de uma pessoa inescrupulosa pode destruir um patrimônio ou a reputação de alguém.
Então imagine esta informação em uma máquina: ela pode tomar proporções e um problema gigantesco com conseqüências muitas vezes irremediáveis. Vivemos na era da informação, onde adquirimos a compulsão da informação atualizada e rápida e nos esquecemos de como lidar com este turbilhão que nos afeta no nosso cotidiano. Quando falo em segurança da informação, não quero criar paranóia, mas somente indicar a necessidade do cuidado que devemos ter. É necessário que sejam preservadas para nos salvaguardar de aborrecimentos futuros.
Mesmo as crianças e adolescentes precisam desenvolver esta noção do valor fundamental em nossas vidas e a necessidade de preservá-la. Devemos orientá-los de como lidar com as informações pessoais e financeiras, com zelo e discrição, principalmente quando trata-se de Internet e operações financeiras.
Na Era da Informação, não há espaço para a “ingenuidade” porque ela pode afetar nossas vidas e nossos negócios efetivamente e muitas vezes, de modo indelével.
A intenção não é alarmar e desestimular os internautas. Porém, se conhecemos o perigo em um caminho, temos a escolha de evitá-lo. Ao contrário, continuaremos no caminho e quando nos deparamos com o perigo, pode ser muito tarde e acabamos não tendo tempo de retroceder.
No caso de operações financeiras na Internet, esta premissa é fundamental, pelo fato de que os crakers, usam das técnicas da engenharia social. Ela é tão sutil que nos convence da boa intenção de quem nos aborda..
Porém, não é só com relação à informação contida no hardware que precisamos ter cuidado. Temos que cuidar do sigilo das nossas informações particulares com muito afinco, como se tratassem de jóias preciosas. Pode parecer exagero, mas uma pequena informação de posse de uma pessoa inescrupulosa pode destruir um patrimônio ou a reputação de alguém.
Então imagine esta informação em uma máquina: ela pode tomar proporções e um problema gigantesco com conseqüências muitas vezes irremediáveis. Vivemos na era da informação, onde adquirimos a compulsão da informação atualizada e rápida e nos esquecemos de como lidar com este turbilhão que nos afeta no nosso cotidiano. Quando falo em segurança da informação, não quero criar paranóia, mas somente indicar a necessidade do cuidado que devemos ter. É necessário que sejam preservadas para nos salvaguardar de aborrecimentos futuros.
Mesmo as crianças e adolescentes precisam desenvolver esta noção do valor fundamental em nossas vidas e a necessidade de preservá-la. Devemos orientá-los de como lidar com as informações pessoais e financeiras, com zelo e discrição, principalmente quando trata-se de Internet e operações financeiras.
Quando a Internet surgiu, logo se tornou a maior e mais revolucionária ferramenta tecnológica de comunicação e agora vem crescendo em velocidade espantosa. Ela, assim como o computador, é resultado da genialidade de homens que mudaram a história, homens idealistas e corajosos, como Blaise Pascal (1623 – 1662) – responsável pela construção da primeira calculadora – e o cientista francês Joseph Marie Jacquard (1792 – 1871), – que inventou um tear mecânico com uma leitora de cartões automática, que lia cartões perfurados. Foi justamente o cruzamento destas idéias que atravessou a Inglaterra e despertou o gênio criativo de Charles Babbage (1792 – 1871), (conhecido como pai do computador.
O Século XX foi privilegiado por gênios – como Graham Bell, Hertz, Maxwell, Pasteur, Marconi e Ford, só para citar alguns – que contribuíram fundamentalmente para que hoje tenhamos todas estas ferramentas tecnológicas facilitando nossas vidas. Devemos muitos as estes homens.
Quando iniciei minha carreira em informática, ninguém aventava a idéia da grande transformação que iríamos assistir durante estes últimos vinte anos. Pressentíamos que os computadores teriam uma evolução rápida, porém não na proporção vertiginosa em que se deu nestes últimos anos.
A Internet provocou grande impacto na humanidade e transformou rapidamente as relações humanas e os negócios. Todas as áreas do conhecimento humano foram definitivamente afetadas. Hoje não conseguimos sequer imaginar como viver sem ela no nosso cotidiano!
Acompanhei todo o processo desde o início me deparando com a genialidade de jovens que facilitaram nossas vidas criando ferramentas em suas garagens como foi o caso da Apple, criada em 1977 por Steve Jobs, então com 21 anos, e Steve Wozniak, em Cupertino, Califórnia. Em outra garagem, nascia a Microsoft, fundada por Bill Gates e Paul Allen, dois estudantes de Harvard, que lançaram o primeiro software para microcomputadores – o Altair 8800, microcomputador que sequer tinha teclas, somente botões e chaves. E estas duplas ainda hoje apresentam inovações, como foi o caso de Steve Jobs com o lançamento do Ipod e mais recentemente o Iphone.
A exemplo deles, a dupla Niklas Zennström e Janus Friis, criadora do Skype (empresa de software de voz sobre protocolo da Internet – VoIP, hoje com mais de 200 milhões de usuários em todo o mundo), criaram também o Kazaa – um programa que permite trocar músicas grátis pela Internet, o que abalou os alicerces da indústria fonográfica mundial – e anunciaram a tecnologia de IPTV, a TV verdadeiramente interativa, em qualquer lugar, a qualquer hora através da rede.
A Informática aplicada à educação é o mais novo paradigma que está revolucionando mais uma vez nossas vidas, e a vida dos nossos filhos, criando novas idéias novos hábitos e nos proporcionado infinitas possibilidades. Estamos em um momento especial e necessitamos de conhecimentos especiais: a informação tornou-se o nosso maior bem e o maior catalizador de negócios, de relacionamentos e de uma grande mudança na qualidade de vida.
Porém, devido a essa rapidez de intercâmbio de informações, a tecnologia em comunicação também facilitou a escalada do crime e a Internet tem sido cada vez mais usada para a prática das mais diversas atividades escusas.
Não podemos simplesmente nos acomodar e olhar apenas como expectadores, devemos nos tornar participantes ativos e co-criadores deste novo paradigma comportamental e social, lutar juntos por uma Internet mais consciente e segura e para combater os Crimes na Rede.
O Século XX foi privilegiado por gênios – como Graham Bell, Hertz, Maxwell, Pasteur, Marconi e Ford, só para citar alguns – que contribuíram fundamentalmente para que hoje tenhamos todas estas ferramentas tecnológicas facilitando nossas vidas. Devemos muitos as estes homens.
Quando iniciei minha carreira em informática, ninguém aventava a idéia da grande transformação que iríamos assistir durante estes últimos vinte anos. Pressentíamos que os computadores teriam uma evolução rápida, porém não na proporção vertiginosa em que se deu nestes últimos anos.
A Internet provocou grande impacto na humanidade e transformou rapidamente as relações humanas e os negócios. Todas as áreas do conhecimento humano foram definitivamente afetadas. Hoje não conseguimos sequer imaginar como viver sem ela no nosso cotidiano!
Acompanhei todo o processo desde o início me deparando com a genialidade de jovens que facilitaram nossas vidas criando ferramentas em suas garagens como foi o caso da Apple, criada em 1977 por Steve Jobs, então com 21 anos, e Steve Wozniak, em Cupertino, Califórnia. Em outra garagem, nascia a Microsoft, fundada por Bill Gates e Paul Allen, dois estudantes de Harvard, que lançaram o primeiro software para microcomputadores – o Altair 8800, microcomputador que sequer tinha teclas, somente botões e chaves. E estas duplas ainda hoje apresentam inovações, como foi o caso de Steve Jobs com o lançamento do Ipod e mais recentemente o Iphone.
A exemplo deles, a dupla Niklas Zennström e Janus Friis, criadora do Skype (empresa de software de voz sobre protocolo da Internet – VoIP, hoje com mais de 200 milhões de usuários em todo o mundo), criaram também o Kazaa – um programa que permite trocar músicas grátis pela Internet, o que abalou os alicerces da indústria fonográfica mundial – e anunciaram a tecnologia de IPTV, a TV verdadeiramente interativa, em qualquer lugar, a qualquer hora através da rede.
A Informática aplicada à educação é o mais novo paradigma que está revolucionando mais uma vez nossas vidas, e a vida dos nossos filhos, criando novas idéias novos hábitos e nos proporcionado infinitas possibilidades. Estamos em um momento especial e necessitamos de conhecimentos especiais: a informação tornou-se o nosso maior bem e o maior catalizador de negócios, de relacionamentos e de uma grande mudança na qualidade de vida.
Porém, devido a essa rapidez de intercâmbio de informações, a tecnologia em comunicação também facilitou a escalada do crime e a Internet tem sido cada vez mais usada para a prática das mais diversas atividades escusas.
Não podemos simplesmente nos acomodar e olhar apenas como expectadores, devemos nos tornar participantes ativos e co-criadores deste novo paradigma comportamental e social, lutar juntos por uma Internet mais consciente e segura e para combater os Crimes na Rede.